O ataque cardíaco é uma experiência assustadora. Se você sofreu um ataque cardíaco ou é próximo de alguém que sofreu, saiba que você não está sozinho. Na verdade, dezenas de milhares de pessoas sobrevivem a ataques cardíacos e levam uma vida produtiva e agradável.
O músculo cardíaco precisa de oxigênio para sobreviver. Um ataque cardíaco ocorre quando se reduz ou se interrompe completamente o fluxo de sangue que leva oxigênio ao músculo cardíaco.
Isso acontece quando as artérias coronárias que fornecem o fluxo de sangue ao músculo cardíaco ficam estreitas devido ao acúmulo de gordura, colesterol e outras substâncias que, juntas, se chamam placa. Esse processo lento é conhecido como aterosclerose.
Quando a placa dentro de uma artéria coronária se rompe, um coágulo de sangue se forma ao redor da placa. Consequentemente, este coágulo pode bloquear o fluxo sanguíneo através da artéria para o músculo cardíaco.
A isquemia ocorre quando o músculo cardíaco fica sem oxigênio e nutrientes (ver também abaixo em “toda dor no peito…”). Como consequência da isquemia pode ocorrer dano ou morte de parte do músculo cardíaco, chamamos isso de ataque cardíaco ou infarto agudo do miocárdio (IAM).
O processo de aterosclerose (formação de placas de gordura nas artérias) não apresenta sintomas. Quando uma artéria coronária se estreita lentamente e restringe o fluxo sanguíneo, outros vasos sanguíneos próximos que servem ao coração às vezes se expandem para compensar, o que pode explicar por que em alguns casos não há sinais de alerta.
Essa rede de vasos sanguíneos próximos expandidos se chama circulação colateral e ajuda a proteger algumas pessoas de ataques cardíacos, levando o sangue necessário ao coração. A circulação colateral também pode se desenvolver após um ataque cardíaco para ajudar o músculo cardíaco a se recuperar.
Quando ocorre um ataque cardíaco, o músculo cardíaco que perdeu o suprimento de sangue começa a sofrer lesões. A quantidade de dano ao músculo cardíaco depende do tamanho da área fornecida pela artéria bloqueada e do tempo entre a lesão e o tratamento.
O músculo cardíaco danificado por um ataque cardíaco se cura formando tecido cicatricial. Geralmente, leva várias semanas para que o músculo cardíaco cicatrize. O tempo depende da extensão da lesão e da taxa de cura.
O coração é um órgão muito resistente. Mesmo que uma parte dele possa ter sido gravemente ferida, o resto do coração continua trabalhando. Mas, devido aos danos, seu coração pode estar enfraquecido e incapaz de bombear tanto sangue como de costume.
Com o tratamento adequado e, principalmente, mudanças no estilo de vida após um ataque cardíaco, poderá se limitar ou evitar mais danos.
A resposta provavelmente é sim!
O músculo cardíaco começa a cicatrizar logo após um ataque cardíaco. Geralmente, leva cerca de oito semanas para cicatrizar.
O tecido cicatricial pode se formar na área danificada e esse tecido cicatricial não se contrai nem bombeia tão bem quanto o tecido muscular saudável. Como consequência, a extensão dos danos ao músculo cardíaco pode afetar a forma como o coração bombeia o sangue por todo o corpo.
A quantidade de função de bombeamento perdida depende do tamanho e da localização do tecido cicatricial. Após um evento importante como esse a pessoa terá que manter acompanhamento médico adequado, fazer uso correto das medicaçoes prescritas e, principalmente, fazer mudanças importantes no estilo de vida para prevenir um ataque cardíaco futuro. Essas etapas podem ajudá-lo a levar uma vida plena e produtiva.
Não. Um tipo muito comum de dor no peito é a angina. É um desconforto recorrente que geralmente dura apenas alguns minutos. A angina ocorre quando o músculo cardíaco não recebe o suprimento de sangue e o oxigênio de que necessita (chamada isquemia).
A diferença entre angina e um ataque cardíaco é que os ataques de angina não danificam permanentemente o músculo cardíaco.
Existem diferentes tipos de angina, incluindo:
*Além dessas causas de dor no peito, existem outras causas não cardíacas de dor no peito e devem ser consideradas como diagnóstico diferencial. Porém aqui estamos tratando de dor no peito e sua relação com o termo “ataque cardíaco”.
Robson Andrade Chamon Do Carmo – Doctoralia.com.brO termo Síndrome coronariana aguda (SCA): um termo genérico referente a situações em que o sangue fornecido ao músculo cardíaco é repentinamente interrompido.
Às vezes, uma artéria coronária se contrai temporariamente ou entra em espasmo. Quando isso acontece, a artéria se estreita e o fluxo sanguíneo para parte do músculo cardíaco diminui ou para. As causas dos espasmos não são claras. Um espasmo pode ocorrer em vasos sanguíneos de aparência normal, bem como em vasos parcialmente bloqueados pela aterosclerose. Um espasmo severo pode causar um ataque cardíaco.
Outra causa rara de ataque cardíaco é a dissecção espontânea da artéria coronária, que é uma ruptura espontânea da parede da artéria coronária.
As pessoas costumam usar esses termos para dizer a mesma coisa, mas eles descrevem eventos diferentes. Ao se interromper o fluxo de sangue para o coração ocorre o ataque cardíaco. É um problema de circulação. Com a parada cardiorrespiratória (PCR), o coração apresenta um malfuncionamento e de repente para de bater inesperadamente. A parada cardíaca súbita é um problema elétrico.
Um ataque cardíaco pode causar uma parada cardíaca. Na parada cardíaca, a morte ocorre quando o coração para de funcionar de forma repentina. Isso é causado por ritmos cardíacos irregulares chamados arritmias. A arritmia mais comum causadora parada cardíaca é a fibrilação ventricular. É quando as câmaras inferiores do coração de repente começam a bater caoticamente e não bombeiam mais sangue.
A morte ocorre minutos após o coração parar. A parada cardíaca pode ser revertida se a RCP (reanimação cardiopulmonar) for realizada e um desfibrilador for usado em minutos para dar um choque no coração e restaurar o ritmo cardíaco normal.
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Referência: heart.org